Abflexo lança livro “História da Flexografia no Brasil” na ConverExpo

Obra resgata a memória dos primeiros passos de uma indústria que começou praticamente do nada e hoje apresenta uma flexografia moderna, evoluída e de padrão internacional

A proposta do livro é contar a história do surgimento, desenvolvimento e evolução da flexografia no Brasil, que teve suas origens no final da década 1920 com algumas impressoras importadas, no cenário de um Brasil que contava com um mercado interno totalmente dependente da importação de máquinas, equipamentos, ferro, aço, produtos químicos, papel e celulose, matérias-primas e outros bens industriais intermediários. “Até 1950 ainda engatinhava, e só vai começar a caminhar a partir dessa década com a iniciativa e a coragem dos primeiros fabricantes de impressoras no País, como: Irmãos Wenzel, Máquinas Gráficas São José, que foi fundada por Orlando de Martini, e Funtimod, uma das maiores fundidoras de tipos do País no século 20 que também forneceu máquinas e equipamentos para embalagens. Mas o grande impulso na flexografia vai ser dado anos mais tarde”. Sua grande guinada acontece nos anos 1970. É a partir dali que desenvolve os mais importantes passos e marcos construtivos dessa indústria, e hoje os resultados estão aí para todos verem: os que chegaram depois podem desfrutar de uma flexografia moderna, evoluída e de padrão internacional.

Uma realização da Abflexo/FTA-Brasil, com texto da jornalista e uma grande estudiosa da flexografia, Lúcia de Paula, o livro será lançado e poderá ser adquirido dentro da ConverExpo 2018, feira da Associação. O lançamento oficial acontece no dia 20 de março, terça-feira, às 16h, no estande da Abflexo (1111), e durante toda a feira o livro estará no estande da ABFLEXO.

A ideia de escrever a história da flexografia no Brasil partiu ainda em 2006 do presidente da Associação na época, o convertedor Nelson L. B. Teruel, um dos fundadores da Abflexo e profissional que atua nesta indústria desde muito cedo, tendo iniciado ainda criança, trabalhando com os pais e irmãos na confecção de saquinhos de papel para padarias, farmácias e armazéns, com impressão nas flexográficas dos anos 1970 – as chamadas “rotalinas” na época.

A primeira etapa do livro se dá em 2007 e 2008, através do levantamento e coleta de dados, principalmente, de entrevistas. Aproximadamente 100 empresas contribuíram com informações e dados sobre suas trajetórias na flexografia. 60 profissionais do setor em todo o País concederam entrevistas à equipe Abflexo, contando o que vivenciaram na flexografia, ou o que ouviram de seus pais ou avós.

Em 2008, quando parte deste trabalho estava feita, o projeto ficou engavetado por conta da crise financeira internacional. No início do ano passado, chegou o momento de seguir em frente, quando a segunda e última fase do livro foi realizada, quando novas pesquisas e entrevistas foram realizadas.

De acordo com Eudes Scarpeta, presidente da Abflexo (biênio 2017-2018), “Nosso objetivo, portanto, foi produzir o primeiro livro sobre a história da flexografia no Brasil, sem a pretensão de ser uma obra final, que englobe todos os meandros históricos dessa indústria e todos os seus pioneiros, mas que seja um primeiro passo e incentivo para futuros escritores e pesquisadores. Nessa linha adotamos como critério contar sobre as tecnologias que vieram e modificaram a técnica e/ou a prática que era adotada nas determinadas épocas pelo setor como um todo, ou em sua maioria”.

O livro traz uma linha do tempo com os principais desenvolvimentos do processo de impressão flexográfica no Brasil e uma breve história do princípio da flexografia fora do País, remontando-se aos primeiros inventores de impressoras a anilina no final do século 19 nos EUA e na Europa.